Na Apae de Passo Fundo, projeto usa a bocha como ferramenta de inclusão
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Na Apae de Passo Fundo, projeto usa a bocha como ferramenta de inclusão

Projeto reúne 24 atletas de 20 a 50 anos de idade

Por Alessandra Staffortti
03/03/2024 08:18
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Promover a inclusão e a socialização através do esporte: esse é o objetivo das aulas de bocha paralímpica, o mais recente projeto da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Passo Fundo.

Iniciado em outubro do ano passado, o projeto conta com recursos da Lei de Incentivo ao Esporte, do governo federal, e reúne 24 alunos, sendo 14 em cadeiras de rodas. O grupo tem de 20 a 50 anos de idade e se reúne de segunda a quinta-feira, nos turnos da manhã e tarde.

— Além do desenvolvimento intelectual, também trabalhamos muito a socialização dos alunos. O esporte em si já trabalha bastante a questão da autoestima, do desenvolvimento do aluno. Então é muito bom para eles, principalmente na parte motora — explica o professor Alexandre Oliveira.

Durante as aulas, os alunos são divididos em dois grupos de até quatro pessoas. Um grupo trabalha nos treinamentos e o outro tem uma atividade específica na ala de fisioterapia. Tudo é feito da sede da Apae em Passo Fundo.

— Aqui temos trabalhado bastante a parte de mobilidade deles, além dos alongamentos, relaxamento e também fortalecimento da musculatura — ressalta o fisioterapeuta Juarez Moraes Junior.

Entenda o esporte

A modalidade veio para o Brasil na década de 1970 e, hoje, faz parte das Paraolimpíadas. A competição é a mesma da bocha tradicional, onde o objetivo é lançar as bolas coloridas o mais perto possível da bola branca.

As partidas são individuais, duplas ou por equipes. Os atletas são divididos em quatro categorias:

BC1: opção de auxílio de ajudantes (podem estabilizar ou ajustar a cadeira do jogador e entregar a bola, quando pedido)

BC2: não podem receber assistência

BC3: deficiências muito severas. Usam instrumento auxiliar, podendo ser ajudados por outra pessoa

BC4: outras deficiências severas, mas que não recebem assistência

Para Marlon Batista Moraes, presidente da Apae Passo Fundo, o projeto trouxe diversos ganhos não apenas para os atletas, mas para os cerca de 500 usuários da instituição.

— Além de uma prática esportiva, também ajuda no desenvolvimento de habilidade deles e principalmente na sociabilidade — reforça.

Por enquanto, apenas um dos alunos projeto participa de competições a nível regional e estadual. No entanto, a ideia dos organizadores também inclui a formação de equipes para competição.

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Fonte:

GZH / Passo Fundo




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