Onde você estava quando o Brasil ganhou seu primeiro Oscar? No melhor dos sonhos, seria uma produção tipicamente brasileira, baseada em um livro e em uma história real. E se, além disso, o prêmio fizesse justiça a um grande diretor e a uma atriz injustiçada? Ou ainda, se essa conquista inédita acontecesse na maior celebração da diversidade do nosso país?

O tempo há de cristalizar a memória que passa feito trio elétrico; no dia 2 de março de 2025, em pleno Carnaval, Ainda Estou Aqui foi coroado como Melhor Filme Internacional.

Receber um prêmio assim carrega, por si só, pelo menos três significados: a qualidade das nossas produções, já comprovada pela exportação de nossas novelas e comerciais; a intensa maratona internacional de eventos, entrevistas e jantares que os embaixadores do filme enfrentaram para consolidar seu prestígio; e, por último – e mais importante –, a moeda invisível da credibilidade. Aquela que enche o peito dos brasileiros e os faz ver e serem vistos como dignos de estar entre os melhores.