Justiça condena três acusados de envolvimento em assaltos a bancos de Ibiraiaras
JUSTIÇA
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Justiça condena três acusados de envolvimento em assaltos a bancos de Ibiraiaras

Penas chegam a quase 100 anos de prisão

Por Alessandra Staffortti
09/12/2024 07:55
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Após três dias de julgamento no Fórum de Lagoa Vermelha, encerrado na madrugada deste sábado (7), foram condenados Rogério da Silva Barcelos, Anderson Maurício de Jesus Ávila e Felipe Arnoldo de Oliveira, acusados de envolvimento em assaltos simultâneos a agências bancárias de Ibiraiaras, em 2018.

A ação resultou na morte de um subgerente do Banco do Brasil, Rodrigo Mocelin da Silva, de 37 anos, e outras seis pessoas que estariam envolvidas na ação.

Mocelin foi feito refém e levado no porta-malas de um veículo dos assaltantes. Durante os roubos, os acusados forçaram clientes e funcionários a formar um cordão humano, com a intenção de evitar a atuação policial. O subgerente foi atingido por um tiro durante confronto dos assaltantes com a polícia.

O tiro foi disparado por um policial militar, mas na denúncia, o Ministério Público entendeu que a morte foi provocada pela ação dos criminosos, sem conduta dolosa por parte dos policiais.

Rogério e Anderson foram condenados a 99 anos e quatro meses de prisão em regime fechado. Já Felipe recebeu a pena de 65 anos e 15 dias de prisão, também em regime fechado. Foi determinada, ainda, a manutenção da prisão preventiva dos acusados. O trio está preso desde dezembro de 2018, quando ocorreram os assaltos.

O júri começou na quarta-feira (4) e foi presidido pelo juiz Fabiano Zolet Baú, que leu a sentença por volta das 2h deste sábado. Ao longo do julgamento, foram ouvidas em plenário 18 vítimas, mais cinco testemunhas e os três réus.

Além do crime de latrocínio contra o subgerente e delitos de roubo, os réus responderam por tentativas de homicídio, porte de armas e munições (de uso permitido, de uso restrito e com supressão de marca), posse de artefatos explosivos, receptação de veículos e de coletes balísticos, disparo de arma de fogo, dano e organização criminosa armada.

Nota da defesa de Felipe Arnoldo de Oliveira

“Três dos sete jurados entenderam o contexto dos fatos, bem como quem são os verdadeiros causadores dos eventos, e absolveram Felipe de todas as imputações. Infelizmente, as sete mortes ocorridas no dia 03/12/2018 em Ibiraiaras (um refém e outros seis indivíduos, três dos quais após serem abordados, desarmados e presos) seguem sem qualquer responsabilização dos verdadeiros autores. Inclusive quem efetuou o disparo que vitimou o refém (um policial confesso) não foi responsabilizado até hoje. As autoridades, que têm obrigação legal de apurar as verdadeiras responsabilidades de mais seis mortes ocorridas nos “encontros” seguem inertes. A defesa mostrou e comprovou isso no julgamento. E irá interpor recurso pois é desproporcional a ação efetivada por Felipe - realizar o transporte de um passageiro - e a sanção imposta por crimes que não praticou e sequer sabia que ocorreriam! Com serenidade, acredita que a justiça será reestabelecida com a responsabilização dos verdadeiros culpados e absolvição de seu cliente.”

Relembre o caso

Os assaltos aconteceram em 3 de dezembro de 2018, quando um grupo de criminosos deu início a roubos simultâneos a agências bancárias de Ibiraiaras.

A ação resultou na morte de Rodrigo Mocelin da Silva, 37 anos, subgerente da agência do Banco do Brasil.

Durante a ação, os assaltantes levaram a vítima como refém no porta-malas do carro. Naquele momento, os criminosos em fuga entraram em confronto com a Brigada Militar. A vítima foi atingida por um tiro e não resistiu. Outros seis criminosos foram mortos em confronto com a polícia.

O Instituto-Geral de Perícias (IGP) concluiu que o projétil que atingiu o bancário foi disparado por um policial militar envolvido na ocorrência. Apesar da morte ter sido causada por um policial, os agentes não foram denunciados na ação. No processo, eles foram considerados vítimas de tentativa de homicídio.

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Fonte:

GZH




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