Nesta quinta-feira (17), os gaúchos terão a oportunidade de observar a penúltima superlua do ano. O fenômeno acontece quando a Lua atinge seu perigeu, o ponto mais próximo da Terra em sua órbita, e coincide com a fase cheia.

A Lua estará a cerca de 357.363 quilômetros de distância do planeta, parecendo 14% maior e até 30% mais brilhante. Com o tempo firme no Estado, o evento será visível de todas as regiões.

O auge será por volta das 8h27min de quinta-feira, mas só será possível visualizá-la a partir das 19h, explica o professor Carlos Fernando Jung, do Observatório Astronômico Heller & Jung, em Taquara:

— Como este horário ocorre pela manhã, o fenômeno será mais visível ao entardecer e ao início da noite, quando a Lua surgir no horizonte, ampliada e mais próxima à Terra.

Essa superlua de outubro também é conhecida como "Lua do Caçador", nome oriundo das tradições indígenas norte-americanas, que aproveitavam a luz da lua cheia para caçar antes da chegada do inverno.

Lua mais próxima

As superluas acontecem quando a lua cheia está mais próxima da Terra na órbita lunar. Esta será a superlua mais próxima da Terra em 2024.

A primeira do ano ocorreu em 19 de agosto, a 361.900 quilômetros de distância, e a próxima, em 15 de novembro, estará a 361.867 quilômetros da Terra.

— O fenômeno será visível em todas as regiões do mundo, desde que o tempo esteja favorável — acrescenta a astrônoma Josina Nascimento, do Observatório Nacional (ON/MCTI).

O que é superlua?

Embora amplamente utilizado, o termo "superlua" não possui uma base científica. Ele foi dado pelo astrólogo Richard Nolle em 1979, e se popularizou ao longo das décadas.

Segundo Josina, ele se refere a uma lua cheia ou nova que ocorre quando o satélite está no perigeu, ou até 90% próximo dele. Contudo, há divergências entre as instituições astronômicas quanto à definição exata.

A astrônoma detalha que a superlua pode ocorrer de uma a seis vezes por ano, mas a distância varia devido à órbita elíptica da Lua. A última do ano será em 15 de novembro, fechando o ciclo de 2024.

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Fonte:

GZH