O corredor de fumaça formado, a partir das queimadas que atingem todo o Brasil, e que no Rio Grande do Sul atingiu uma concentração de até 2,5 micrometros (PM2.5) - quase 12 vezes acima do índice recomendado pelas diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) -, preocupa a Sociedade de Oftalmologia do Rio Grande do Sul (Sorigs) devido aos possíveis danos à saúde ocular.

Estudos demonstram que esse alto grau de poluição do ar pode induzir respostas inflamatórias, reações alérgicas, estresse oxidativo, danos ao DNA, entre outros problemas.

“Os efeitos oculares da poluição do ar incluem uma gama de condições inflamatórias e degenerativas da superfície dos olhos. Síndrome do olho seco, blefarite, conjuntivite, ceratite infecciosa, são algumas das doenças que podem ser manifestadas a partir da exposição ao material particulado (PM)”, destaca o presidente da SORIGS, Bruno Schneider.

A população deve ficar atenta caso tenha sintomas persistentes como vermelhidão ou sensação de areia nos olhos. “Nestes casos recomendamos a consulta a um médico oftalmologista o mais rápido possível para que um quadro leve não seja agravado”, afirma Schneider.

Saiba como prevenir:

Use óculos de sol: Eles não apenas bloqueiam os raios UV, mas também ajudam a evitar que partículas suspensas no ar entrem em contato com os olhos.

Use lágrimas artificiais: Colírios lubrificantes ajudam a manter os olhos hidratados, aliviando sintomas de ressecamento e irritação.

Evite esfregar os olhos: O ato de esfregar pode piorar a irritação e transferir mais poluentes para os olhos. Lave as mãos antes de qualquer contato.

Proteção em dias de alta poluição: Quando a qualidade do ar está ruim, especialmente em dias com muita fumaça ou poeira, considere usar óculos de proteção ao sair de casa.

Ambientes internos limpos: Manter os espaços onde você passa mais tempo limpos e bem ventilados pode ajudar a reduzir o impacto da poluição interna.

Reduza a exposição: Sempre que possível, limite o tempo em ambientes muito poluídos e procure áreas com menos tráfego e poeira.

Fonte: Divulgação Sorigs