Passo Fundo é uma das cidades referências na captação de órgãos no Rio Grande do Sul. De acordo com o coordenador da Organização de Procura de Órgãos (OPO 4) do Hospital São Vicente de Paulo, Dr. Cassiano Ughini Crusius, o procedimento é bastante realizado na cidade, principalmente a retirada de órgãos que atende a demanda de todo o Estado.

O médico explica que existem alguns tipos de cirurgias de transplantes e de retiradas de órgãos. Há os casos de transplantes entre pessoas vivas, que são os casos onde uma doa um rim para outra, por exemplo. No entanto, as cirurgias mais comuns são naqueles pacientes que tiveram morte cerebral e aí acontece a retirada e o transplante de múltiplos órgãos.

Conforme o especialista, o trabalho é realizado por uma grande equipe de médicos, enfermeiros e também conta com o apoio de instituições que não são ligados à saúde, como por exemplo, as forças de segurança que auxiliam na escolta e no transporte dos órgãos. Todo o transplante precisa ser feito dentro de um cronograma e de um tempo correto para que dê certo. Por isso, tudo é cronometrado e precisa acontecer da forma planejada para que se tenha sucesso no procedimento. Por conta disso, esse trabalho em conjunto é fundamental.

De acordo com Crusius, a maioria dos transplantes acontecem em Porto Alegre. Ele explica que se optou por centralizar os procedimentos mais complexos como o cardíaco e o pulmonar, nos hospitais da capital para facilitar a captação e a operação. No entanto, conforme Cassiano, Passo Fundo realiza muitos transplantes todos os anos. O mais comum é o renal.

O médico explica que a doação de córneas e ossos pode ser realizada em qualquer caso de morte. Já para a doação múltipla de órgãos, apenas em casos de morte encefálica. O especialista ressalta ainda que a maior dificuldade segue sendo o aceite da família e a liberação da doação.

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Fonte:

Uirapuru