Levantamento foi divulgado nesta segunda-feira pelo CEVS
O município de Carazinho teve um novo salto no número de casos confirmados de Chikungunya e chegou a 56 infecções pela doença em 2025. A informação é do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Saúde, que emitiu um novo alerta epidemiológico nesta segunda-feira (31).
O número representa um aumento de mais de 80% na comparação com o levantamento anterior, divulgado há 10 dias. Nos dados revelados no dia 21 de março, o município do Norte Gaúcho apresentava 31 casos da doença e tinha as primeiras infecções autóctones do ano no Rio Grande do Sul.
Quase 90% do total de casos no estado
Os números revelados pelo CEVS nesta segunda-feira (31) mostram que Carazinho soma 87,5% do total de casos confirmados em 2025 no estado. No levantamento, o Rio Grande do Sul apresenta 64 infecções pela doença desde o início do ano.
Casos chegam a outros bairros de Carazinho
Em nota divulgada nas redes sociais da Prefeitura, o Governo de Carazinho alerta que houve “ampliação da distribuição espacial nos bairros do município” e convocou a comunidade a colaborar com o encerramento do surto.
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Confira a nota na íntegra
“Secretaria Estadual de Saúde divulga novo alerta epidemiológico para Carazinho
A Secretaria municipal de Saúde divulgou ontem (31), mais um Alerta Epidemiológico em relação aos casos de dengue e chikungunya no Estado. Segundo dados do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Carazinho registrou um aumento significativo nos casos de chikungunya desde o Alerta Epidemiológico nº 3, publicado em 21 de março de 2025: os casos passaram de 31 para 56, com ampliação da distribuição espacial nos bairros do município. Além disso, um caso de dengue tipo 2 foi confirmado, evidenciando a circulação simultânea dos vírus da dengue e da chikungunya na cidade.
O boletim também destaca que, considerando a grande precipitação pluviométrica em pouco tempo registrada no município na tarde de 27 de março de 2025, se faz necessária uma maior mobilização de toda a comunidade para a eliminação de criadouros do Aedes aegypti, principal vetor da dengue e chikungunya.
Essa situação vem exigindo atenção redobrada da rede de assistência para o diagnóstico diferencial, especialmente diante das formas menos comuns da chikungunya, que podem incluir manifestações extra-articulares, como acometimento neurológico, cardiovascular e dermatológico, além da semelhança com quadros graves de dengue. Nesse sentido, a secretaria municipal de Saúde prossegue, diariamente, com o monitoramento dos casos suspeitos e positivos para a dengue e chikungunya com as equipes da Vigilância Epidemiológica e Vigilância Ambiental; com a realização de pesquisa vetorial nas casas dos pacientes notificados como suspeitos ou positivos pelos agentes de saúde, com visitas domiciliares, eliminação de depósitos e tratamento larvicida; com a pulverização com fumacê, sempre que necessário e conforme as condições climáticas permitem; com borrifações residuais intradomiciliares; com a circulação de carro de som nos bairros com informações sobre prevenção e limpeza em terrenos baldios pela equipe da secretaria de Obras.
A secretária Carmen Santos, destaca que entre as ações dessa semana, estão programados trabalhos de conscientização pelas agentes de saúde nas salas de espera das ESFs e encontro com a comunidade e líderes de bairros para falar sobre prevenção, cuidados e orientações, além de uma ação no bairro São Lucas em conjunto com estagiários do curso de Enfermagem da Ulbra. “Também estamos articulando a participação do Exército em nossas ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, com o objetivo de que possam agregar ações com a secretaria municipal de Obras”.
É considerado caso suspeito de chikungunya toda pessoa que apresente febre de início súbito, acompanhada de artralgia ou artrite intensa (dor nas articulações) de início agudo, não explicado por outras condições, residente em (ou que tenha visitado) áreas com transmissão até duas semanas antes de começar os sintomas, ou que tenha vínculo epidemiológico com caso confirmado.
Para acabar com o surto de chikungunya no município, a participação da comunidade é fundamental. Para isso, deve eliminar focos de proliferação do mosquito em suas residências e locais de trabalho; buscar atendimento médico em caso de sintomas suspeitos de dengue ou chikungunya; evitar automedicação, principalmente com medicamentos que possam agravar os sintomas; fazer uso de medidas de proteção individual (uso de repelentes, roupas de manga comprida, mosqueteiro) e coletivas (inseticidas, repelentes de ambientes, tela em janelas e portas).
A secretaria de Saúde lembra, ainda, que o mosquito contaminado voa pequenas distâncias e permanece no domicílio. Quem leva o vírus a outros locais é o paciente infectado, que ao ser picado transmitirá ao mosquito fêmea, que fará a disseminação do vírus.”
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Jornalismo Rádio Tapejara
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