Já imaginou como seria o mundo daqui a trinta anos? Por inferência, podemos supor que o câmbio climático ou, ainda, o avanço da tecnologia cobrará um preço que, em muitas sociedades, só poderá ser pago em outro planeta. E é dessa urgência que nasce um dos filmes mais questionadores da atualidade.
Em cartaz na melhor sala de cinema de Passo Fundo, a 4K Dolby – com a melhor resolução de imagem e som –, Mickey 17 é um convite a repensar o futuro.
Na trama dispótica, o relógio avança em um mundo ainda mais instável, climaticamente, financeiramente e, por consequência, politicamente. A narração do errante e, por isso, profundamente humano protagonista, encarnado por Robert Pattinson, revela o desespero de alguém que vê, em uma vaga que ninguém aceitaria, a única saída para uma nova vida que ninguém desejaria.
Seu personagem é mais do que um rato de laboratório para tudo o que esse novo mundo possa apresentar de ameaças. Ele também representa uma redescoberta do valor da vida por sua vulnerabilidade e por seu aspecto mais emblemático: ser única.