O edital de concessão das rodovias do Bloco 2, que abrange o Norte do Estado e o Vale do Taquari, deve ser lançado em abril de 2025. A previsão inicial era de que o edital fosse divulgado ainda no primeiro semestre de 2024, mas as enchentes que atingiram a região provocaram o adiamento para o segundo semestre, e, posteriormente, para o próximo ano. O projeto inclui sete rodovias, entre elas a ERS-135, que conecta Passo Fundo a Erechim, e a ERS-324, que liga Passo Fundo a Nova Prata, passando por Marau, Vila Maria e Casca.

O projeto prevê a duplicação de 244 quilômetros de rodovias a partir do terceiro ano da concessão, além de melhorias como a construção de 101 quilômetros de terceiras faixas, 323 quilômetros de acostamentos, 73 quilômetros de vias marginais e 43 passarelas para pedestres. Também estão inclusas a reconstrução e elevação de 16 pontes, entre outras obras.

Sistema de pedágio free flow

A concessão inclui a instalação de 24 pórticos de pedágio no modelo free flow, sistema que realiza a cobrança de forma eletrônica, sem a necessidade de praças físicas. O valor cobrado será proporcional ao trecho percorrido, trazendo maior justiça tarifária para os motoristas.

Com a participação do governo estadual, o custo do quilômetro percorrido foi reduzido de R$ 0,32 para R$ 0,23. A região Norte contará com nove pórticos de pedágio, distribuídos nos seguintes pontos:

• RS-129 – Km 160 – Casca – R$ 3,80

• RS-324 – Km 260 – Casca – R$ 4,20

• ERS-135 – Km 18,44 – Coxilha – R$ 4,80

• ERS-135 – Km 30 – Sertão – R$ 4,00

• ERS-135 – Km 46 – Estação – R$ 4,30

• ERS-135 – Km 65 – Erechim – R$ 4,60

• ERS-324 – Km 195 – Passo Fundo – R$ 3,70

• RS-324 – Km 219 – Marau – R$ 4,50

• RS-324 – Km 233 – Vila Maria – R$ 4,90

A RS-324, que liga Passo Fundo a Nova Prata, terá seis pórticos, com tarifas individuais que variam de R$ 3,70 a R$ 4,90, somando mais de R$ 25 por trecho completo.

Investimentos e parcerias

O investimento total estimado é de R$ 6,7 bilhões, beneficiando 32 municípios gaúchos. Desse montante, R$ 1,3 bilhão será financiado pelo governo estadual, por meio do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), com o objetivo de reduzir as tarifas de pedágio e acelerar as obras. O restante será aportado pela empresa que vencer a licitação e assumir a administração do bloco.

Durante os primeiros anos da concessão, estima-se que R$ 4,5 bilhões sejam investidos. Ao todo, o projeto abrange 414 quilômetros de rodovias, representando cerca de 17,5% da população do Rio Grande do Sul. O contrato terá validade de 30 anos.

Consulta pública e participação social

A proposta passará por uma consulta pública conduzida pela Secretaria da Reconstrução Gaúcha, para que a comunidade possa apresentar sugestões e críticas. O período de escuta terá duração de 30 dias.

Após a consulta, o edital será oficialmente lançado e as rodovias irão a leilão para definição da concessionária parceira.

Municípios beneficiados A concessão do Bloco 2 contemplará 32 municípios do Rio Grande do Sul, são eles: Erechim, Erebango, Getúlio Vargas, Estação, Sertão, Coxilha, Passo Fundo, Marau, Vila Maria, Casca, Paraí, Nova Araçá, Nova Bassano, Nova Prata, Serafina Corrêa, Guaporé, Dois Lajeados, Vespasiano Corrêa, Muçum, Encantado, Arroio do Meio, Lajeado, Cruzeiro do Sul, Mato Leitão, Venâncio Aires, Garibaldi, Carlos Barbosa, Boa Vista do Sul, Westfália, Teutônia, Estrela e Fazenda Vilanova.

Fonte Tchê Erechim