Passo Fundo é quinta cidade gaúcha com mais casos de câncer de mama no último ano
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Passo Fundo é quinta cidade gaúcha com mais casos de câncer de mama no último ano

Por Alessandra Staffortti
01/11/2024 08:59
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Passo Fundo ficou em quinto lugar entre as 20 cidades com maior número de novos casos de câncer de mama no Rio Grande do Sul. O dado de 2023 foi divulgado em boletim epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde (SES). A cidade fica atrás de Porto Alegre, Canoas, Pelotas e Caxias do Sul.

O município também aparece como o sétimo em taxa de incidência do câncer a cada 100 mil mulheres. Os números mostram um índice de 109,89 casos no ano passado, acima das regiões de saúde 17, 18 e 19, que abrangem cidades do norte gaúcho.

Um dado que preocupa é o da taxa de mortalidade por câncer de mama. A região de saúde de Passo Fundo teve aumento de 39% no percentual entre os anos de 2022 e 2023 com 51 e 71 mortes, respectivamente. A maioria dos óbitos aconteceu entre mulheres de 50 e 69 anos em 2023. O crescimento é considerado alto pela secretaria, que destaca elevação também em outras 19 regiões de saúde gaúchas.

Outro dado apresentado no boletim é o percentual de rastreamento na faixa etária preconizada, dos 50 aos 69 anos. Passo Fundo aparece com porcentagem semelhante às demais cidades do levantamento, com 63,5% de exames realizados no público-alvo. Já no caso das mulheres de outras idades, o rastreamento é de 36,5%.

Mês de campanha

Durante o Outubro Rosa, as unidades de saúde do município intensificaram os atendimentos voltados à saúde da mulher. Um dos objetivos foi ampliar o número de exames de prevenção à doença. Segundo a prefeitura, no Dia D da campanha, mais de 2 mil mulheres foram atendidas, sendo feitas solicitações de 127 mamografias.

Apesar das campanhas, a coordenadora municipal de Recuperação e Saúde, Caroline Gosch, aponta que a procura ainda é abaixo do ideal pelas passo-fundenses.

Ela enfatiza que as mamografias e exames preventivos podem ser solicitados em qualquer unidade de saúde e por mulheres de todas as idades, mesmo abaixo de 40 anos — idade em que o risco se intensifica, conforme o Ministério da Saúde.

— Não temos lista de espera para esses atendimentos, por isso recomendamos que a mulher coloque na sua rotina procurar a unidade de referência uma vez ano. Neste mês de outubro tivemos uma grande procura, mas as mulheres precisam pensar na saúde o ano todo — afirma.

A especialista aponta ainda para a importância do autoexame, que envolve a observação e toque dos seios para identificar a presença de como nódulos, inchaços, alterações na textura ou secreções mamárias. Qualquer alteração identificada deve ser investigada em exames mais aprofundados.

— É fundamental que a mulher faça conheça o ser corpo para que ao sinal de qualquer alteração ela possa, o mais rápido possível, procurar a unidade saúde. As chances de cura são muito altas quando o diagnóstico é precoce — ressalta Gosch.

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Fonte:

GZH




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