Polícia apreende drogas e celulares que seriam entregues no presídio de Carazinho
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Polícia apreende drogas e celulares que seriam entregues no presídio de Carazinho

Prejuízo aproximado ao crime organizado é de R$ 1 milhão

Por Belchyor Teston
13/09/2024 13:29
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Uma operação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) da Polícia Civil de Carazinho, no norte do RS, realizada na tarde de quinta-feira (12) resultou em uma significativa apreensão de drogas e eletrônicos que seriam levados ao Presídio Estadual de Carazinho através de um freezer.

Durante a ação, foram recolhidos uma grande quantidade de maconha e skunk, além de mais de uma centena de celulares, cabos, carregadores e fones de ouvido. Conforme o delegado titular da Draco de Carazinho, Leandro Antunes, foram apreendidos 10 quilos de maconha e 200 gramas de skunk.

"A nossa investigação apontava que entrariam drogas no presídio em grande quantidade e também alguns celulares. Então, essa semana a gente intensificou a investigação e conseguimos apurar que a entrega seria feita através de um freezer. A partir disso, começamos a monitorar o presídio aqui de Carazinho e na quinta visualizamos um freezer para o lado de fora do presídio. Depois que o "freteiro" entrou com o eletrodoméstico em cima da caminhonete, abordamos o veículo no pátio do presídio", explicou o delegado.

A investigação aponta que uma facção criminosa com atuação no município havia montado um esquema envolvendo presos e cúmplices em liberdade para introduzir os itens contrabandeados no presídio. O plano consistia em ocultar as drogas e aparelhos eletrônicos dentro de um freezer, na tentativa de driblar a segurança penitenciária.

De acordo com o delegado, a participação do homem que levou o freezer está completamente descartada. Ele foi contratado e pago para fazer o frete, sem saber o que estava transportando.

Após a abordagem, o veículo foi levado para a delegacia. Durante a inspeção minuciosa, os agentes encontraram as drogas e os eletrônicos escondidos nas paredes e no isolamento térmico do eletrodoméstico.

De acordo com a Polícia Civil, a operação representou um prejuízo que se aproxima de R$ 1 milhão ao crime organizado, levando em consideração o valor potencial de venda dos celulares, da maconha e do skunk. A investigação segue em andamento para identificar os presos envolvidos no esquema e os parceiros que atuaram em liberdade.

Utilização de freezer é permitido no acesso das galerias, segundo a Polícia Penal

Em nota, a Polícia Penal informou que é permitido no acesso das galerias a utilização de um freezer para armazenamento de gêneros alimentícios para consumo das pessoas privadas de liberdade.

"No Presídio Estadual de Carazinho, que, atualmente, conta com 293 pessoas privadas de liberdade, um eletrodoméstico, oriundo de doação, seria entregue em substituição a outro danificado.

Cabe salientar que os itens permitidos por doações, mediante comprovação de procedência, são fiscalizados pelos servidores penitenciários no ato de recebimento. Neste caso, o equipamento nem chegou à unidade prisional, pois foi interceptado pela Polícia Civil antes de dar entrada no estabelecimento", disse a nota.




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