Passo Fundo e Carazinho estão entre as cidades com as maiores taxas de suicídio no RS
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Passo Fundo e Carazinho estão entre as cidades com as maiores taxas de suicídio no RS

Ambos os municípios superam índices do Rio Grande do Sul

Por Belchyor Teston
11/09/2024 13:16
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Passo Fundo tem a oitava maior taxa de suicídio entre as cidades gaúchas com mais de 50 mil habitantes. Foram 34 casos em 2023, conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES).

A taxa de 17,6 casos a cada 100 mil habitantes supera a do Rio Grande do Sul, que terminou o último ano com 14,3 mortes a cada 100 mil.

Também no norte gaúcho, Carazinho tem número ainda mais preocupante: foram 15 mortes por suicídio em 2023, ou 25,5 a cada 100 mil habitantes. O número coloca o município na segunda posição estadual em casos de suicídio, também no recorte por 50 mil habitantes.

As duas cidades fazem parte da 6ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), que abrange outros 60 municípios.

Um levantamento do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) traz uma média de todas as cidades gaúchas da região, entre 2018 e 2022. Ao todo, foram 116 suicídios registrados, o que coloca a região na 4ª posição dentre as 18 coordenadorias.

O que está por trás

O problema não tem apenas uma causa. Fatores socioeconômicos e culturais, dependência química, doenças mentais e falta de perspectiva são elementos que contribuem para degradar a saúde psicológica dos pacientes, aponta a psicóloga do Núcleo de Saúde Mental de Passo Fundo, Tatiana Both.

"O mais importante é desenvolver ações preventivas, mostrar que há perspectiva e oportunidade. Mas isso depende de um trabalho de acompanhamento e a demanda é alta. Além dos tratamentos individuais, fazemos ações coletivas com grupos de maior prioridade", disse.

O trabalho coletivo é feito nas escolas, com crianças e adolescentes, com gestantes e puérperas e com dependentes químicos. Já o atendimento individual pode ser buscado pelos pacientes na unidade de saúde de referência.

Em Passo Fundo, 22 psicólogos atendem na rede básica. Segundo Both, foi possível diminuir a fila de espera depois que o município contratou, por licitação, clínicas para auxiliar na demanda do SUS.

Passo Fundo também conta com três Centros de Atenção Psicossocial (Caps), porém, o atendimento é restrito a determinados perfis de pacientes. Eles são encaminhados pelas unidades de saúde.

Fonte: GZH / Passo Fundo




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