O Ministério Público afirmou que irá apurar a situação sobre uma possível baixa no nível de água da Barragem de Ernestina, embora até o momento não tenha recebido notificações oficiais sobre o caso.
O promotor de justiça Paulo Cirne afirmou que a variação no nível da barragem pode estar relacionada à estiagem, considerando que o reservatório, devido às suas dimensões, não costuma sofrer oscilações significativas causadas pela ação humana ou pela empresa responsável por sua operação. “Não recebemos nenhuma comunicação sobre isso, o que me surpreende, pois a Barragem de Ernestina, por seu porte, não costuma ter alterações decorrentes de interferências externas. O que pode estar acontecendo é uma redução natural causada por um período prolongado de pouca chuva”, explicou Cirne.
Apesar disso, o Ministério Público iniciará verificações em parceria com o Batalhão Ambiental da Brigada Militar (Patran) para descartar qualquer irregularidade na operação da barragem.
O promotor comparou o caso com a Barragem do Capigui, que já enfrentou dificuldades operacionais no passado. Segundo ele, mudanças recentes ajudaram a manter o nível de água do reservatório dentro de um padrão aceitável, desde que haja chuvas regulares. Ainda assim, a estiagem pode ter afetado também esse reservatório.
“O Capigui já teve diversos problemas, mas conseguimos implementar melhorias para estabilizar o nível da água. Mesmo assim, em períodos de seca, há redução hídrica, o que pode estar acontecendo agora”, pontuou. Cirne reforçou que, em tese, não há indícios de que a baixa no nível da Barragem de Ernestina esteja relacionada a modificações operacionais, obras ou intervenções estruturais. Ainda assim, a situação será averiguada, e um diagnóstico mais preciso deve ser divulgado em até uma semana. “A princípio, acreditamos que a falta de chuvas seja a principal causa, mas vamos verificar e, em breve, teremos uma resposta definitiva sobre a situação da barragem”, concluiu o promotor.
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Fonte:
Uirapuru