Operação Leite Compen$ado: transportadores condenados à prisão
JUSTIÇA
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Operação Leite Compen$ado: transportadores condenados à prisão

Por Alessandra Staffortti
01/11/2024 07:47
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Quatro transportadores denunciados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) foram condenados a mais de 10 anos de prisão por adulteração de leite com soda cáustica, além de associação e organização criminosas. Eles foram alvo da Operação Leite Compen$ado 3, realizada em novembro de 2013 no município de Três de Maio, no Noroeste do Estado, quando foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão.

O homem considerado líder do grupo criminoso, que chegou a ser preso na época por porte ilegal de arma de fogo, recebeu uma pena de 12 anos, cinco meses e 10 dias de prisão. A esposa dele foi sentenciada a uma pena de 10 anos e oito meses de reclusão, e os sobrinhos do casal, cada um, também foram condenados a 10 anos e oito meses de prisão. Todos deverão pagar multas e o cumprimento inicial da pena é em regime fechado, no entanto, terão o direito de recorrer em liberdade.

O promotor de Justiça Mauro Rockenbach, da Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre e um dos responsáveis pela investigação, destaca que “recebe a brilhante e exemplar sentença com um misto de satisfação. Se por um lado, é reconhecido um árduo e complexo trabalho de investigação, por outro, há uma grande preocupação pelo fato de que, dos 31 processos criminais instaurados nas 12 Operações Leite Compen$ado, contra dezenas de fraudadores do produto em todas as regiões do Estado, 12 processos ainda continuam em tramitação, sem qualquer possibilidade de julgamento breve. Em um destes processos, o investigado principal, também conhecido como “o alquimista do leite”, já havia sido condenado em 2006 pelos mesmos crimes. Decorridos mais de 10 anos, ele continua sem qualquer reprovação, certamente fazendo poções mágicas para alguma outra indústria criminosa”.

Participaram da operação Leite Compen$ado 3 os promotores de Justiça Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, da Promotoria de Defesa do Consumidor, e Pablo da Silva Alfaro, da Promotoria de Três de Maio, na época, além de técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e da Receita Estadual. Na ocasião, foram apreendidos 50 litros de água oxigenada, 100 litros de soda cáustica, 50 litros de um outro tipo de ácido e um saco de aproximadamente 12 quilos de bicarbonato de sódio. O revólver calibre 32 do transportador condenado também foi recolhido. Na residência dele, por exemplo, foram encontradas diversas notas fiscais comprovando a compra de produtos químicos.

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Fonte:

R. Planalto




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