Moeda digital poderá ser realidade em 2026
ECONOMIA
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Moeda digital poderá ser realidade em 2026

Por Alessandra Staffortti
21/10/2024 09:33
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Primeira moeda digital oficial do Brasil, o Drex teve recentemente projetos selecionados para sua segunda fase de testes. O ativo terá o mesmo valor do real e funcionará de forma similar ao Pix, porém sem limite de valor e com mais funcionalidades.

O Drex deve ser disponibilizado até 2026 e irá operar como papel-moeda digital, equipado com tecnologia blockchain, isto é, base de dados em cadeia ligada a partir de criptografia avançada e armazenados de forma descentralizada em diversos computadores. O mecanismo traz maior segurança e rastreabilidade às transações. Diferentemente do que ocorre com as criptomoedas, o Drex terá autoridade monetária garantida pelo BC, o que significa que não estará sujeito à alta volatilidade do mercado.

O Banrisul é uma das entidades envolvidas. Em colaboração com o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), o banco realizou o lançamento da primeira rede blockchain conectada entre as duas organizações. Ela opera dentro da Hyperledger Besu, tecnologia escolhida para a construção do piloto do Drex, que funciona como um livro-contábil digital que registra as transações dos usuários.

Ao todo, 13 propostas de uso da tecnologia foram escolhidas pelo Banco Central (BC) para desenvolvimento. Entre estas estão transações com automóveis e imóveis, financiamento de operações de comércio internacional e otimização do mercado de câmbio. O trabalho será conduzido por consórcios de empresas e autarquias estatais, com operações simuladas que buscam testar a segurança e a agilidade do recurso.

Prevalece o digital

O projeto do Drex é mais um movimento de digitalização dos meios de pagamento, que tem superado o uso de métodos físicos como cheques bancários, cédulas e cartões de crédito e débito. Segundo as Estatísticas de Meios de Pagamentos do BC, apenas no segundo trimestre deste ano, os brasileiros realizaram 15,4 bilhões de transações via Pix, mais que o triplo dos 4,8 bilhões de pagamentos feitos por cartão de crédito.

Entre os métodos em declínio, os cheques apresentam a maior diminuição. Em 1995, foram registradas 3,3 bilhões de compensações, enquanto em 2023 o número de totalizou 95% a menos: 168,7 milhões, conforme dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

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Fonte:

Correio do Povo




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