Júri tem oito réus. Crime aconteceu em 2015.
Num caso inédito em Erechim está ocorrendo nesta segunda-feira, 20, um júri da Justiça Federal envolvendo oito réus, todos indígenas. Eles serão julgados por um homicídio e sete tentativas de homicídio resultantes de um conflito na Aldeia de Passo Grande do Rio Forquilha, em Cacique Doble, em 2015. Como a Justiça Federal não tem plenário em Erechim, a sessão do júri está ocorrendo no Fórum da Justiça Estadual.
Estão sendo julgados os réus Aderli de Paula (24), Jonas Sales (21), Maurício de Paula (23), Rosane da Silva (35), além de Adelir Pedro Paulo (35), Edinho Peni Felix (29), Imacir Caetano Chaves (45) e Miqueias da Silva (21), estes últimos quatro atualmente recolhidos no Presídio Estadual de Erechim. Eles são acusados de no dia 13 de março de 2015, numa tentativa de tomar o cacicado da reserva, terem promovido um ataque, que resultou na morte de Roberto Carlos Machado dos Santos, além de sete pessoas feridas por disparos de arma de fogo, entre os quais uma menina de 14 anos, um menino de 11 anos, e o cacique Leonir Franco. Roberto foi atingido por um tiro na cabeça e morreu 10 dias depois do fato.
Na ocasião também morreu Jonas da Silva, que seria o líder do grupo que tentava assumir a liderança na aldeia.
O caso ocorreu depois que um grupo de índios, liderado por Jonas da Silva, foi expulso da Aldeia Indígena Passo Grande do Rio Forquilha, por terem formado oposição e instigado os demais membros da comunidade a se voltarem contra o cacicado. Fora da aldeia o grupo teria planejado a tomada da liderança e para tanto, segundo o Ministério Público Federal, usaria de força e planejava a morte da liderança, a fim de constranger a comunidade a aceitar um novo cacique, que seria Jonas da Silva. Na madrugada do dia 13 de março, pouco antes das 6 horas, o grupo teria chegado na aldeia em dois automóveis, e atirado contra diversas pessoas que estavam no local.
Dos réus, Maurício é o único que ainda residia na Aldeia de Passo Grande do Rio Forquilha. Adelir era da Aldeia Indígena Ligeiro, em Charrua; Aderli e Jonas da Aldeia Indígena de Ventarra, em Erebango; Edinho e Rosane da Aldeia Indígena Cacique Doble, em Cacique Doble; Imacir da Aldeia Indígena de Ventarra Alta, em Erebango, e Miqueias residia em uma comunidade no interior de Cacique Doble.
Fonte:
Atmosfera Online
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