Historiador está prestes a completar 90 anos
Na próxima quarta-feira, dia 12 de julho, uma das figuras mais importantes do Rio Grande do Sul está completando 90 anos. João Carlos D'Avila Côrtes dedicou sua vida à preservação da cultura gaúcha.
A ligação de Paixão Côrtes com a terra começou bem cedo.
"Eu acho que é importante a gente ter consciência do trabalho que está realizando dentro de um panorama geral. Quando a minha atividade era ligada à ovinocultura, eu me dediquei e me dedico até hoje a esse aspecto da pecuária. Quanto à educação, quanto à pesquisa do folclore e da identidade da terra, eu fiz com que a minha identidade da terra desse continuidade a minha familia, meus filhos e a minha profissão. Tenho a alegria de saber que hoje existem 4 mil entidades espalhadas pelo mundo . É uma ideia que fecundou e que a nova geração saberá torná-la mais importante ainda".
Ao lado da esposa, Dona Marina, e do filho Carlos, Paixão conta que sempre teve o apoio da família para desenvolver suas pesquisas que hoje contam a história do Rio Grande do Sul.
"Não é fácil coordenar os momentos precisos, mas eu felizmente tenho meus filhos e a Marina que me acompanham no instituto de pesquisa de folclore, de roupa, de vestuário, de cantiga e de dança. E os meus filhos continuaram também esse crescer na atividade, cada um tomou para realizar o melhor de si para os outros", diz o folclorista, orgulhoso.
"Hoje, o Rio Grande do Sul tem um estado definido no cenário brasileiro e internacional. Acho que, ao invés deles virem conhecer o Rio Grande do Sul, o Rio Grande do Sul está fazendo para que todo o mundo conheça os nossos vestidos, as nossas qualidades, as nossas peculiaridades e a razão do desejo de paz e harmonia com todos", comemora.
E uma das representações mais icônicas da importância de Paixão Côrtes na história do Rio Grande do Sul é a Estátua do Laçador, que foi inspirada no folclorista.
"A obra é do Antônio Carinji, um grande escultor, que merece todo nosso aplauso como artista rio-grandense e internacional que levou o Rio Grande do Sul a um cenário universal com um símbolo de uma terra. Não é fácil, eu tive a felicidade de conhecê-lo, de posar para ele com as minhas roupas autênticas, com meu laço, a vida campeira de Santana do Livramento, onde nasci".
Agora, aos 90 anos, ele garante que está feliz.
"Acho que quando você tem uma ideia nascente há 70 anos passados e chega aos 90 anos e vê que essa ideia cresceu, se multiplicou, se consolidou e deixou de ser um pensamento para ser uma ação humana, acho que faz parte da humanidade a gente se integrar a este fim melhor que é a paz e a cultura de cada país, de cada pessoa, de cada família", afirma.
Fonte:g1/rs
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