A colheita das culturas de verão está oficialmente encerrada em Ibiaçá. Embora não tenha atingido a expectativa de safra recorde, que chegou a ser cogitada logo após o plantio, os números são bem positivos para os produtores do município que investiram em soja e milho.
Com quase 17 mil hectares de área plantada, a soja é a cultivar de maior destaque na produção agrícola do município e rendeu 68,5 mil toneladas de grãos colhidos, fixando uma média de 68 sacas por hectare. Segundo o escritório da Emater de Ibiaçá, o número torna essa uma das maiores safras da história no município.
Por outro lado, apesar da boa produtividade, o que preocupa os agricultores ainda é o baixo preço. Em média, a saca de soja é vendida, hoje, a R$ 60,00 – valor que desestimula os produtores e retém a venda do produto. A variação do dólar e a Bolsa de Chicago são os principais fatores que seguram o preço. Ainda no início do plantio nos Estados Unidos, com cerca de 20% de área cultivada, o Brasil depende da baixa produtividade dos americanos – que só deve acontecer se as condições climáticas atrapalharem o desenvolvimento da planta – para acreditar em uma supervalorização do grão brasileiro. Por longe, a estimativa é de que o preço da saca possa atingir os R$ 65,00, segundo dados da Cooperativa Coofiúme.
A produção de milho abrangeu uma área menor de cultivo em relação ao ano passado, chegando a 2,2 mil hectares plantados. A produção média, no entanto, foi melhor do que em 2016, e encerrou com mais de 21 mil toneladas colhidas – uma média de 160 sacas por hectare. O preço do produto também não agrada os agricultores, que ganham cerca de R$ 24,00 a saca.
Segundo a Emater de Ibiaçá, a previsão é de que o plantio das culturas de inverno seja mantido na mesma escala do ano passado: mil hectares de trigo e 100 hectares de cevada.
Belchyor Teston - Correspondente em Ibiaçá