O Tribunal de Justiça e a Associação Gaúcha das Emissoras de Rádio e Televisão (AGERT) realizaram na tarde desta quinta-feira (4) o Seminário Liberdade de Imprensa: Judiciário e Mídia a Serviço da Comunidade. Durante o evento, realizado no auditório da Faculdade de Direito da Universidade de Passo Fundo (UPF), foram debatidos os principais temas que abrangem o relacionamento diário na cobertura jornalística e decisões tomadas pelo Judiciário.

A Rádio Tapejara esteve participando deste importante evento com a diretora Maria Adelaide Basso e alguns integrantes da equipe de jornalismo: Alessandra Staffortti e Luiz Alberto Reis Neto.

Na abertura do Seminário, o Presidente da AGERT, Roberto Cervo Melão destacou a importância da parceria, realizada pela primeira vez, entre o Tribunal de Justiça e as emissoras de rádio e televisão. O dirigente lembrou de iniciativas semelhantes ocorridas com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) na época em que o Presidente do TJ, Desembargador Luiz Felipe Silveira Difini, comandava a Corte Eleitoral.

Em sua palestra, a Vice-Presidente Jurídica da AGERT, Débora Dalcin Rodrigues, destacou a questão envolvendo o uso das redes sociais pelas emissoras. Lembrou da importância da liberdade de expressão. Não existe uma verdadeira democracia se não existir uma imprensa livre, enfatizou.

O Presidente do Conselho de Comunicação Social do TJ, Desembargador Túlio Martins destacou a linha de atuação do TJ no atendimento às demandas da imprensa. Ele recordou que o evento foi realizado justamente no dia seguinte à data alusiva à liberdade de imprensa no mundo, comemorada na quarta-feira, dia 3.

O Presidente Difini, em sua palestra, enfatizou a importância da radiodifusão na sociedade que, mesmo com o advento da internet e das redes sociais, permanece firme na busca da manutenção do Estado Democrático de Direito. Em seu pronunciamento, afirmou que parte da mídia acaba utilizando um bordão errado quando diz a frase a Polícia prende e a Justiça solta. Segundo ele, os magistrados também prendem através dos mandados e isso não é esclarecido adequadamente por parte da imprensa. A Polícia prende e a Justiça também, sempre pautados pela legislação vigente. Esclareceu que, exceto em situações de flagrante delito, o Juiz é quem determina a prisão Não fosse assim, as prisões não estariam lotadas.