Seminário de bovinos de leite em Coxilha
PECUÁRIA
886

Seminário de bovinos de leite em Coxilha

Evento reuniu produtores nesta sexta-feira.

18/03/2017 06:58
Compartilhar
        


Chegou à quinta edição o Seminário de Bovinocultura de Leite, realizado anualmente no município de Coxilha. O evento, que faz parte das comemorações de aniversário de emancipação do município, foi realizado nesta sexta-feira (17/03), no salão paroquial São João Batista e reuniu cerca de 150 pessoas. A promoção foi da Emater/RS-Ascar e Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal da Agricultura.

Para este ano, foram organizadas duas palestras, uma sobre implantação e manejo de pastagens de inverno, com o engenheiro agrônomo e assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo, Vilmar Wruch Leitzke, e outra sobre manejo sanitário de bovinos de leite, com o médico veterinário da Cotrijal – unidade de Coxilha, Ronan Davi Daronch.

O engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Vilmar Wruch Leitzke, em sua palestra, destacou que em virtude da maior disponibilidade de áreas em pousio no período do inverno, muitos produtores de bovinos de leite têm aproveitados a aveia e o azevém que brotam espontaneamente para a alimentação animal dos rebanhos. “Essa é uma falsa expectativa de redução de custos de produção. Essas culturas espontâneas tem um papel importante, mas não são suficientes para garantir uma oferta de pasto adequada à necessidade dos animais, principalmente no início do inverno, pois são mais tardios e têm problemas de uniformidade e densidade de plantas, reduzindo qualidade de pastagens e volume de produção de volumoso”, disse Leitzke. Ele ressalta que é fundamental que o produtor de leite faça o cultivo da aveia e do azevém segundo as recomendações técnicas para esse consórcio, reduzindo a dependência das culturas espontâneas.

Leitzke destacou ainda os principais aspectos a serem observados, como a densidade de plantas, a escolha de cultivares com maior rendimento, a adequação dos níveis de fertilidade do solo. “O que se busca é garantir maior uniformidade nas pastagens, além de possibilitar o início do pastoreio mais cedo e por um período maior, principalmente se esse plantio for escalonado”, explicou.

Já o médico veterinário da Cotrijal, Ronan Davi Daronch, que palestrou sobre o manejo sanitário de bovinos de leite, alertou aos produtores para a necessidade de vacinação do gado leiteiro. De acordo com Daronch, a falta de vacinação e, consequentemente, a doença ou o aborto nos animais impactam diretamente nos resultados de produtividade de leite. O médico veterinário citou a IBR e a BVD, que são doenças provocadas por vírus, que atrasam a parte reprodutiva dos animais, refletindo na produção de leite. “A vacina custa cerca de R$ 0,90 por vaca e, ainda assim, os produtores não fazem”, disse.

O prefeito de Coxilha, Ildo José Orth, ressaltou a importância da Emater/RS-Ascar para o município, bem como do evento. “Sempre que for para qualificar e trazer conhecimento, não mediremos esforços para realizar”, disse ele, na abertura da quinta edição do Seminário. Participaram ainda, o vice-prefeito de Coxilha, Adão Airton de Oliveira, a presidente da Câmara de Vereadores, Débora França, os secretários municipais da Agricultura e da Educação, Enio Mello e Taniela De Césaro, respectivamente, o supervisor microrregional da Emater/RS-Ascar, Milton Rossetto, o agrônomo e a extensionista social da Emater/RS-Ascar Municipal, Henrique Guidini e Denise Godinho, entre outras lideranças.

Coxilha e a produção de leite

O município de Coxilha possui 85 produtores de leites, sendo destes 80 agricultores familiares, assistidos pelo Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar e pela Secretaria Municipal da Agricultura. A produção mensal do município gira em torno de 1,3 milhão de litros de leite, com um rebanho de três mil animais em lactação.

A equipe do Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar destaca a importância do evento, visto que a atividade gera renda mensal às famílias, trazendo melhor qualidade de vida, renda e geração de emprego no meio rural. “Sabemos que podemos avançar nesta atividade, mas precisamos unir forças de todas as entidades que trabalham com a agricultura familiar”, avaliaram Henrique e Denise.




Notícias Relacionadas