O Tribunal Regional Eleitoral decidiu pela cassação do mandato do deputado estadual Gilmar Sossela, do PDT, em sessão nesta terça-feira (24). Foram cinco votos a um. Apenas o relator do processo, desembargador Luís Felipe Brasil Santos, votou pela manutenção do parlamentar no cargo por considerar que não havia provas suficientes. Já os demais magistrados afirmaram que as circunstâncias são graves e proporcionais à cassação do mandato.

Gilmar Sossela estava presente no julgamento, junto com o ex-superindetente da Assembleia Legislativa, Artur Souto, e não quis falar com a imprensa. Os dois são acusados de constranger servidores para obtenção de recursos para campanha do deputado.

Na manifestação do Ministério Público, o procurador Marcelo Beckhausen reforçou as acusações de abuso de poder econômico e captação ilícita de recursos para a campanha eleitoral.

"Houve abuso de poder político que se caracterizou pelo comportamento que constrangeu os servidores a participarem de campanha eleitoral", afirma o procurador.

Segundo o MP, Sossela gastou R$ 10mil com SMS. O procurador Geraldo Costa da Camino recebeu uma mensagem de texto e ajudou na investigação.

O caso foi revelado em reportagens da Rádio Gaúcha. Pela decisão, Sossela fica inelegível por oito anos. O parlamentar irá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral.

"Nós vamos nos basear no voto relator, que foi muito bem consistente", relata o defensor de Sossela, Décio Itiberê.

Ele permanece no cargo até a decisão ser publicada no Diário Oficial. Depois disso, poderá pedir efeito suspensivo até que o recurso seja julgado no TSE.

Fonte: Rádio Gaúcha